sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

ALGUMA POESIA


NA CURVA SINUOSA DOS QUARENTA

Na curva sinuosa dos quarenta
Procuro viver mais pela razão,
Pois a vida não é feita de ilusão,
É real e não passa em marcha lenta.

Na curva sinuosa dos quarenta
Analiso o que fiz se foi em vão;
Se fiz certo em seguir meu coração,
Se traduz a verdade que aparenta.

Que legado deixarei nos meus trilhos?
Que futuro darei para meus filhos?
Que exemplo deixarei em minha lida?...

Na curva sinuosa dos quarenta
É quando a gente para, a gente enfrenta,
Os maiores desafios desta vida!

Antonio Costta





APRESENTAÇÃO

Sou juntador de palavras,
Não se iluda com meu verso;
Sou poeta pequenino...
— vaga-lume no universo!


Vou piscando de vagar
Na noite toda estrelada;
Pisco aqui... pisco acolá...
Minha luz amarelada!

Vivo assim, sem ambição,
Sem querer ser quem não sou;
Pois caminho de pés no chão,
Sem tecer asas pro voo.

Sou perito em escrever
Versos de pés quebrados;
Meus poemas, não se enganem,
São poemas engessados.

De vez em quando me meto
Em também filosofar,
Em escrever um soneto,
Sem saber metrificar.

A fonte da qual eu bebo
É uma cacimba rasa
Onde bebeu Zé da Luz
E a patativa de casa.

Quem tem coragem de ler
Um juntador de palavras?
Que constrói os seus poemas
Como pássaros sem asas!

Sou limitado — admito —
Sou um poeta imperfeito;
Mas grande é o amor que sinto,
Que trago dentro do peito!...

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