quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

(ANTONIO COSTTA)


AUTO-RETRATO

Tenho um metro e setenta e três centímetros
de altura
e noventa e quatro quilos de
literatura.

A maturidade encontrou-me de repente
quando eu cruzei a esquina
tocando a Lira dos Quarenta Anos.

Não nasci para o comércio.
Não sei comprar nem vender,
sei apenas fazer versos.

No meu primeiro livro:
"Um Juntador de Palavras",
ajuntei tantas palavras
que a poesia criou asas.

Não nego o meu amor
pela minha amada flor,
nem nego a minha fé
em Jesus de Nazaré.

Considero-me apenas
um cantador desentoado,
um repentista sem repente
e um sonetista desmetrificado.

Tenho um milhão de sonhos
guardados em meu coração
que desejo um dia concretizá-los.
Por isso considero-me
um homem milionário!...

E Já me acostumei
com minha careca...
Prefiro perder os cabelos
do que perder a dignidade!

Sei que minhas virtudes
superam meus defeitos;
embora olhe-se mais
para os defeitos
do que para as virtudes.

Tenho a cara séria
de delegado de polícia,
mas convive dentro de mim,
diariamente,
um menino traquino
e um poeta!

Antonio Costta

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

NO CHÃO DA MEMÓRIA


O poema pinga
Seu pingo de ouro,
Sua gota de orvalho
No chão da memória.

O poeta sonha
Seu sonho insolúvel
A rua onde pisa
Derrubaram as casas

Arrancaram as árvores,
Destruíram as praças
No coreto a banda
Quem a viu tocar?...

As águas do rio
Escorrem serenas
Mas o tempo prossegue
Com força de enchente!

É mister viver
A vida presente
O mundo atropela
Os pés no passado.

Cadê o menino
Que queria crescer?
Será este velho
Que quer ser menino?

Um verso divino
Aplaca o sofrer;
O amor é eterno
E efêmero é o ser


OH QUE SAUDADE!



Tô revendo a minha terra,
A minha Pilar querida,
Mas cadê o paraíso

À margem do Paraíba,
Aonde vivi criança
E que guardei na lembrança
Por todos os dias da vida?...

Por que mudou tanto assim?
A velha ponte arrancada
Pela força de uma enchente;
Como ficou diferente!
A ponte nova tão alta...
Eu sinto mesmo é a falta
Da ponte velha da gente!


Oh como a vida mudou,
A natureza também;
Nos trilhos da nossa infância
Já não passa o mesmo trem.
Já não são as mesmas águas
Que correm no Paraíba...
Oh que saudade que tenho
Da aurora da minha vida!

A Serventia cresceu,
Cresceu a Estrada Nova;
Eu sei que o povo reprova
A tal da preservação;
Abraça a evolução...
Mas como estranha é a vista
Do barro que virou pista
E da mata que é sertão!

Oh que saudade tamanha
Invade meu coração;
De ver Seu Silvo Batista
Na venda da Estação,
Com seu refresco gelado
Que se tomava suado
Sem temer constipação!


Oh que saudade que tenho
Da aurora da minha vida!
Do meu pai na agricultura

Plantando inhame e maniva;

Da invernada chegando

E dos açudes sagrando...

E o povo gritando: viva!

Oh que saudade que eu tenho
De acordar de cinco e meia
E ouvir Seu Julho tocando
Rabeca em Chã de Areia;
Ou brincando, com carinho,

Com seu cavalo-marinho
Em noite de lua cheia!

Oh que saudade que eu tenho
Da minha infância querida;
De ver irmã Solidade
Fazer gostosa comida;
Bolo, canjica e pamonha...
Oh que saudade tamanha
Da aurora da minha vida!


VERDE QUE TE QUERO VERDE


Verde que te quero verde

Na floresta enverdecida;

Verde cada vez mais verde

No palco verde da vida!

Como era a vida tão verde,

Como era tão verde a vida!

Verde vida vida verde

verde verde vida vida!

Mas o verde que gera vida

Fora dos olhos mais verdes

Virou deserto sem vida

Virou floresta queimada,

Virou poeira e carvão

Que se levanta na estrada!

Virou conjunto de casas

Virou um solo asfaltado.

Oh! Homem que o verde tira,

Que atira fogo no verde;

Por que fazer sua mira

No alvo verde da terra?

Não vê que faz uma guerra,

Que contra a si mesmo atira?

E quando que verde vira

É diferente sua lira!

É um verde horizontal

Do vasto canavial;

Não é verde replantado,

É verde vasto de soja

E dos cercados de gado!

Pois acham mais importante

Enriquecer num instante,

Empobrecendo o futuro;

Não ter oxigênio puro,

Não ter floresta nem nada;

Não ter pássaro que cante,

Não ter uma onça pintada;

Um verde mais verdejante,

Viçoso com a invernada!

MINHA TERRA TEM PALMEIRAS

Minha terra tem palmeiras
Mas não canta o sabiá
Foram contrabandeadas
As aves que tinham lá.

Admiro a minha terra,
A beleza do lugar;
Minha terra tem palmeiras
Mas não canta o sabiá.

Minha terra tem palmeiras
Bem poucas, é bom falar;
Foram muitas arrancadas
Pro pregresso se instalar.


Progresso?... Meu Deus do céu!
Que progresso tem Pilar?
Se cortaram as palmeiras...
Se não canta o sabiá.


DA TERRA DE JOSÉ LINS


Da terra de José Lins

O que pode vir de lá

Mais do que doze romances?

- um poeta a me machucar.

Com versos que ninguém sabe

Aonde foi arrumar;

Que às vezes rima tão sério,

Às vezes não quer rimar!

Que às vezes até parece

Criança que nunca cresce

E só leva a vida a brincar...

Brincando com as palavras,

Tirando as penas das asas

Do pássaro que vai voar!


CANTEMOS A NOSSA TERRA


(Letra do Hino Oficial de Pilar)

I



Cantemos a nossa terra

Que tanta beleza encerra;

Ela tem encantos mil,

É um pedaço do Brasil!...

No solo paraibano

Tem uma cidade bela;

Cidade que tanto amamos,

Pequenina e singela.

Tens a natureza

Mais bela da região;

Pilar Deus com certeza

Te fez com perfeição.

Pilar estamos gratos

A Deus, nosso Senhor;

Porque és nossa cidade,

És palco do nosso amor.


II



És pequena no tamanho,

Mas teu seio é imenso em glória!

É tão curto o teu cantar

Mas estronda na história...

Aqui num olhar profundo

Te namorou Pedro Segundo;

És conhecida até os confins

Nos romances de Zé Lins!

Pilar, terra amada;

Pilar, terra querida;

Pilar Deus te plantou

No Vale do Paraíba!...

Pilar estamos gratos

A Deus, nosso Senhor;

Porque és nossa cidade,

És palco do nosso amor.


CHIBATA PRETA


Quem é que não se lembra

De uma negra, CHIBATA,

Que morava na Estação

E cozinhava em uma lata?

Eu vinha de Chã de Areia,

Por Figueiredo passava,

E chegando na Estação

Chibata Preta encontrava!

Conhecida por Chibata,

Chibata, Chibata Preta;

A pobrezinha, coitada,

Não tinha estudo nem letra!

Era uma pobre indigente

Que morava bem ao léu;

Tinha por cama o chão

E por cobertor, o céu!

Era um amontoado de lixo

Na margem daquela rua;

Era a “casa” da Chibata

Iluminada pela lua...

E por que “Chibata Preta”,

Também queres entender?

Não era porque tinha uma chibata

Para se mesma defender...

Era porque a pobrezinha,

Que cozinhava em uma lata,

Era magra e pretinha

Parecendo uma chibata!...

Era a Chibata Preta

Conhecida no Pilar

E também da região

Que vinha nos visitar.

Era o terror das crianças

Aquela negra Chibata,

Que morava na Estação

E cozinhava em uma lata!...

Mas um dia a pobrezinha

Partiu da nossa cidade;

Pois passava frio e fome,

Tamanha necessidade!

E Pilar ainda se lembra,

E alguns sentem saudade;

Daquela mulher pretinha...

Que partiu pra eternidade!

E AGORA JOSÉ?

(Quase paródia)



E agora José?

Cadê teu sorriso?

Cadê Vitorino?

Cadê o teu jeito

De grande menino

Querendo brincar?

E agora José?

Cadê teu avô

Que não vem te buscar?

Cadê tuas tias

Do velho Pilar?

E agora José?

Sem Zefa Cajá,

Sem a velha Totônha

A noite é medonha;

Quem irá te alegrar?

O tempo passou,

O menino cresceu,

E ninguém percebeu

Que o mundo é engano

E que o passado ficou

Em completo abandono!

E agora José?

Cadê Papa-Rabo?

Cadê o moleque,

O menino Ricardo,

Que foi pra Recife

Pra nunca mais voltar!

E agora José?

Cadê teu engenho?

Cadê teu avô?

Teu palco de amor,

Cadê, onde está?

Quem destruiu

O Engenho Corredor?

“E agora José,

José para onde?”

A noite está alta

E sentimos tão forte

A tua falta.

E agora José,

Aonde te escondes?

Nas páginas de um livro

Que gosto de ler

Sinto-me feliz;

Pois lá encontramos

Mais vivo que nunca!

O nosso ZÉ LINS.


O SABOR DA MINHA TERRA


Gosto de caldo de cana madura,
Gosto também de beiju de farinha;
Quem nunca comeu uma rapadura
Não sabe o sabor da minha terrinha!

Gosto de comer lambú e rolinha,
Inhame, batata, fava, macaxeira;
Quem nunca comeu buchada na feira,
Não sabe o sabor da minha terrinha.

Canjica e pamonha - me deixam louco!
Quem nunca comeu traíra de côco,
Mocotó de boi, pirão de galinha...

Não sabe o sabor, não sabe o segredo,
Da terra natal de Zé Lins do Rego...
-O grande sabor da minha terrinha!


VELHO CARRO DE BOI



Oh velho carro de boi,
Cadê o teu “boi de carro”?
Boi manso, boi diligente,
Cadê o teu boi valente
Que não temia esbarro?

Oh velho carro de boi,
Cadê o teu “boi de carro”?
Que vencia toda ladeira
Até levantar poeira
Na grande estrada de barro!

Teu boi estará no pasto
Se refazendo da lida?
Ou foi levado embora
Berrando caminho a fora
Pros matadouros da vida?

Oh velho carro de boi,
Por que tanta solidão?
Parado – é uma tristeza;
Puxado – é uma beleza!
Vai chiando uma canção.

Oh velho carro de boi,
Qual será o teu destino?
Abandono? Esquecimento?
Ou ficarás no pensamento
Eterno deste menino?


Oh velho carro de boi,
Haverá pra ti saída?...
Quem sabe tragam um garrote
Pra te puxar, no chicote,
E te levar na subida!


UM JUNTADOR DE PALAVRAS



Os loucos vão pela rua

Procurando uma razão;

Os músicos ferem as cordas

Procurando uma canção.

Os rios procuram o mar,

As abelhas procuram as flores;

Os dias procuram as noites;

Nas noites, procuram-se amores!...

E eu procuro no tempo

Algumas belas palavras;

Pérolas vagando ao vento,

De ouro -partículas, lavras.

Sou um caçador de emoções,

Sou um juntador de palavras;

Componho poemas, canções,

E dos pássaros -as suas asas!...

Sou menino e sou adulto,

Sou sério e sou brincalhão;

Canto com um olhar astuto

O que manda meu coração!

Se sofro... –de quem é a dor?

Quem melhor pode senti-la?

A dor é minha -e meu é o amor-

E pouquíssimos querem ouvi-la.

Por isso contenho-me apenas

Em juntar algumas palavras;

Que formarão simples poemas,

E retornarão ao vento, às vagas!...

Tornei-me um caçador de penas

Ou de belíssimas aves raras?

Não importa, tornei-me apenas

Um juntador de palavras!...


CANÇÃO AMIGA



Eu quero ouvir uma canção amiga

Do próprio zunir de um inseto!

Que embora distante a melodia

Seu encanto faça-lhe tão perto...

Eu quero ouvir uma canção amena

Dessas que falam de amor, alerto;

E quero sentir sua forma serena

Na multidão, embora eu deserto!...

Eu quero ouvir uma canção eterna

Que sim, só fale de amor, repito;

Onde o homem esqueça a guerra

E onde a guerra esqueça o grito!...

Eu quero ouvir uma canção amiga

Dessas que o mundo jamais esqueceu;

Que fale de tudo, das coisas da vida!

Da vida da vida de quem a viveu...


(Abril de 1989)


SE


Se a manhã não fosse nublada

A brisa que vem surgindo, gelada!

E as nuvens tão carregadas...

Se a tarde não fosse morena

Se a noite não fosse escura

E “se a alma não fosse pequena”.

Se o amor fosse sempre amor

Se as mães nunca morressem!

Se os sonhos não se perdessem;

Se os dias fossem mais belos

Se, de areia, os nossos castelos,

O vento nunca levasse!

Se a guerra não explodisse

Se o ódio não existisse

Se a PAZ sempre reinasse!


SE EU FOSSE UM POETA


Ah! Se eu fosse um poeta!

Cantar-te-ia com maestria

Nos versos puros e belos,

Nas rimas da poesia!...

Ah! Se eu fosse um poeta!

De divina inspiração;

Compor-te-ia uns versos

Parecendo uma canção!

Mas como não sou poeta,

Sou apenas um atleta

Do verso ruim, imperfeito!

Deslancho em poucas palavras

O vôo do pássaro sem asas,

Um rio que vem do peito.


AGORA



Meu senhor, minha senhora,

Minha criança, meu vaga-lume;

O futuro não quer mais estrume!

O futuro quer falar agora...

Agora todas as esperanças!

Agora todos os ideais;

Agora tudo que ficou pra trás!

E que nunca deixou de ser...

Porque o futuro

Sempre esteve presente

Embora inocentemente.

Nenhum amigo se fez tão antigo;

Nenhum grito ecoou tão perto;

Nenhum deserto se fez tão jardim!...

Meu senhor, minha senhora,

É chegada a hora de dizer AGORA!!!


JOÃO BRASIL


Acorda João!

-A condução;

São cinco horas!

Se não, se não...

É dia santo,

É feriado,

É João Brasil

Desempregado!

Acorda João!

-A condução;

São cinco horas!

Se não, se não...

Mas João Brasil

É democrata,

Não suporta

Ser burocrata;

Xinga a mulher,

Xinga o patrão!

Depois se cala

Se não, se não...

É dia santo,

É feriado,

É João Brasil

Desempregado,

Desquitado!

Processado

E confinado

Numa prisão!...

-Numa prisão

Acorda João.


CARRO DE BOI


Carro de boi, carro de boi,

(No caminho de barro).

Só conhece esse carro

Quem menino já foi!...

Carro de boi, carro de boi;

Lá vem o carro de boi!!

Corre menino, corre menina,

E pega carona no carro de boi!...

E depois da carona vem o carão

-Quem foi que subiu? Quem foi?

Quem foi? Quem foi o atrevido

Que se subiu no carro de boi?!...

-Foi ele! -não foi! –foi ele! -não foi!...

-Cuidado com a queda menino atrevido!

(E eu satisfeito, feliz atrevido,

Por ter me subido no carro de boi).


NAS ASAS DA ESPERANÇA


Vou caminhando pela a vida a fora

Levando sonhos no meu coração;

A vida passa, logo se evapora...

Somente os sonhos permanecerão!

Vou caminhando pela a vida a fora,

Sonhando sonhos pela multidão;

Mas quem sabe um dia no arrebol d’aurora

Nossos sonhos se realizarão!

Ah! Eu vou sonhando e sonhar não cansa;

Agarrei-me nas asas da esperança

E em Jesus Cristo eu creio na redenção!...

E se me chamarem de um sonhador

Porque acredito no poder do AMOR...

-ficará feliz o meu coração!


ALIANÇA COM DEUS


A aliança que tinha sido quebrada

Entre Deus e a humanidade ruim

Através de Adão e Eva no “jardim”

Foi um dia em Jesus Cristo restaurada!

Pois Jesus veio cumprir o plano de Deus

De resgatar o homem da perdição;

Pois todo aquele que crê tem o perdão,

O pleno direito de ir morar nos céus!

Basta receber Jesus como Senhor,

O Único suficiente Salvador,

Abrindo-Lhe o coração pra Ele entrar!...

Não precisamos temer morte nem cruz

“Pois aquele que crê em mim” –disse Jesus–

“Ainda que esteja morto viverá”!


UM MILAGRE


Um milagre acontece em minha vida

Todo dia quando acordo e, tão profundo,

Contemplo a terra, o mar, o céu, o mundo...

E a luz do sol nas águas refletida!...

Um milagre acontece em minha vida

Quando vejo em redor um grande brilho,

Minha esposa sorrindo com meus filhos,

A minha família amorosa e querida!...

Eu só tenho Senhor que te louvar

Pelas bênçãos que estás a derramar,

Dando-nos saúde, força e guarida...

Pois toda vez que vejo o pão na mesa,

A família presente... -Que beleza!

-Um milagre acontece em minha vida!


CONSELHOS


Se prepare nesta vida meu irmão

Agrade ao Pai com o melhor que você tem;

Dê glória a Deus, aleluia e diga amém!

Pois em Jesus conquistamos salvação.

Não guarde o ódio dentro do teu coração

Nem se deleite no pecado mais banal;

Siga a Jesus e abandone todo mal

E a todo mundo, meu amado, dê perdão!

Vá semeando a palavra da verdade

Pois quem semeia colherá felicidade

E do Senhor receberá o galardão!...

Não se embarace com este mundo tão cruel

Pra não perder o direito de ir pra o Céu

Glorificar o grande Deus de Abraão!


SOLIDARIEDADE


Há tanta gente carente pela rua,

Tanta gente mendigando o próprio pão;

Não viva só de glória a Deus e aleluia...

De que adianta a oração sem a ação?

Há tanta gente dormindo no sereno

Necessitando de agasalho e colchão;

Há tantos órfãos, também tantas viúvas...

Meu amado sinta a dor do teu irmão!

Glorifique do Senhor Seu santo nome,

Dê carinho e também pão a quem tem fome

Que terás a recompensa lá no fim.

Foi Jesus Cristo quem deixou este ensino:

Quem ajudar a um desses pequeninos

Na verdade está fazendo para mim!


CIDADÃO DO CÉU


Muitíssimo melhor do que ser famoso,

Do que ser maguinata, ser poderoso,

Que ser premiado com muitos troféus...

É ser transformado em Cidadão dos Céus!

Pois nem se compara com as honras da terra:

Ser atleta do Século, Herói de Guerra!

O Melhor do Ano, Cidadão Honorário,

Pois nada disto é mais extraordinário

Que ter a certeza da grande vitória

Saber que a passagem pro Reino da Glória

Em Cristo Jesus ela está garantida!

Pois melhor que ganhar o Prêmio Nobel

É ter o direito de morar no Céu...

Ter o nome escrito no Livro da Vida!


A SAGRADA ESCRITURA


Se queres nesta vida terdes prosperidade,

Adquirir sabedoria e grande cultura...

–Examinai diariamente a Sagrada Escritura

Para terdes senso, paz, amor, felicidade!

Se queres nesta vida a teu filho educar

Para te dar muito prazer e nunca amargura;

–Examinai diariamente a Sagrada Escritura!

Que ela te mostrará por onde se deve andar.

Se queres que no mundo a justiça sobressaia

Então levas essa Palavra como um atalaia;

–Pregas Jesus Cristo como o único salvador!

Para então todo aquele que em Sua palavra crê

Seja regenerado através de Seu poder...

E começe a semear em vez de ódio –o AMOR!


SONETO PARA A MOCIDADE


Ó como é belo o esplendor da mocidade!

Que caminha radiante mundo a fora

Sem pensar que a juventude vai embora

Nos deixando a dor severa da saudade!

Se voltai para o Senhor –ó mocidade!

Pois nesta vida nem tudo será flores

Também existe os espinhos e os horrores

Na estrada que leva a felicidade.

A vida é breve e como ela se evapora!

Nascemos ontem –somos jovens agora–

E a velhice nos aguarda na esquina...

Ó mocidade, atentai pra tudo isto!

–A melhor parte é servir a Jesus Cristo...

Enquanto a vida ela é bela e cristalina.


CLONAGEM HUMANA


Os cientistas bem querem ser como Deus,

Criar a vida como faz O Soberano;

Pois identificaram o genoma humano

E agora querem clonar outros seres seus!...

Eles iniciaram com Dolly, a ovelha,

E a coitada imperfeita foi sacrificada;

Mas o seu projeto é o homem clonar cada

Pessoa inteligente que lhe der na telha!...

O homem já chegou ao absurdo hilário:

Tentar clonar Cristo do sangue do sudário,

Buscando a genética do Nosso Senhor!...

Hitler tentou criar uma nação ariana,

Mas só há uma solução pra raça humana...

-Aceitar a Jesus Cristo como SALVADOR!


AMIGOS DE APARÊNCIA


Cuidado com os amigos de aparência

Que povoam nossa vida, meu irmão;

Confiando tudo a eles –que imprudência!

Se não têm o amor de Deus no coração.

Cuidado com os amigos de aparência

Fingindo-nos ter amor e união;

Agindo, pois, com tamanha eficiência,

Encapuzados de ovelha e de cristão!

É preciso que tenhamos mais prudência,

Na palavra que falamos, na essência,

Pra não incendiarmos uma floresta...

É preciso que tenhamos mais ciência,

Cuidado com os amigos de aparência

Que pensamos serem bons, mas que não prestam!


FALSIDADE


Falsidade, palavra de rima fácil
E bem fácil de encontrarmos todo dia;
Quer seja nos habitantes de um palácio
Ou nos que moram na calçada nua, fria.

Falsidade, palavra que se associa
À mentira que nos leva à perdição;
Ao que Judas Iscariotes fez um dia,
Contra Cristo, executando a traição!

Como é triste praticar a falsidade!
Contra quem só nos amou com lealdade
E que nunca nos deixou sofrendo a esmo...

Ensinando para toda humanidade
Para amarem uns aos outros de verdade...
Da maneira que amamos a nós mesmos!


VITÓRIA GARANTIDA


Se prepare, meu irmão, vá dando glória,

Ao Deus Eterno pela tua redenção!

As lágrimas que choraste em oração

Deus contemplou e teve misericórdia.

Deus está modificando a tua história,

Transformando a tua vida pra melhor;

Pois foi o Deus de Isaque e de Jacó

Que assinou agora mesmo a tua vitória!

Não foi em vão a tua espera, a tua fé,

Ter confiado em Jesus de Nazaré

-O único mediador da nossa vida!...

Glorifiquemos ao Senhor por tudo isto,

Pois quando confiamos em Jesus Cristo

-a vitória, meu irmão, é garantida!


NEM TUDO QUE RELUZ

É OURO OU PRATA


Nem tudo nesta vida nos convém,

Paulo escreve deixando bem explícito:

“Tudo é bom, mas nem tudo nos é lícito”,

Provai tudo, mas só retende o bem!

Precisamos enxergar mais além,

Há espinhos nas flores do jardim;

O mundo se camufla para mim...

Porque nem todo abraço amor contém!

Preciso de Jesus na minha vida,

Pois o caminho é estreito e tem subida,

E não posso abandonar minha cruz...

Pois a vida a cada dia nos retrata:

Nem tudo que reluz é ouro ou prata...

Só existe uma esperança: é JESUS!


CRISTO VIRÁ


Ó igreja de Cristo, ó noiva amada!

Cuidado com o mundo na tua jornada;

Desperta do sono, a hora é chegada...

Pois Cristo já vem, ficai preparada.

Ó noiva de Cristo –seja prevenida!

Que nunca te falte o azeite na vida;

Pois Cristo Jesus virá de surpresa...

Olhai se a candeia está bem acesa.

Desperta do sono... Arruma o altar...

Porque vosso noivo está pra chegar

Como um raio brilhante na imensidão!...

Ó virgem prudente, não desanime,

Teu noivo virá, contente, sublime...

E te levará pra Eterna Sião!

O MUNDO SEM DEUS

VAI DE MAL A PIOR

O mundo sem Deus vai de mal a pior

Vivendo na moda do pós-modernismo;

Nos prazeres da carne, no egocentrismo,

Folgando e bebendo e negando ao Senhor!

É tão grande no mundo a falta de amor

Que às vezes pensamos que amar é quimera,

Que somente no mundo o ódio é que opera

Pela atrocidade da guerra e o terror!...

Há amigos que juram tanta lealdade

Porém quando nos chega a adversidade

São sempre os primeiros a nos desprezar!...

Porém JESUS CRISTO é o amigo fiel

Quer no fogo ou na água, na terra ou no Céu,

Está sempre conosco a nos ajudar!

CONVITE

“Entrega agora o teu caminho ao Senhor

Confia Nele e tudo o mais Ele fará”;

Jesus Cristo Ele quer hoje te ajudar,

Te dá vitória, te dá paz, te dá amor!

Porventura se ouvirdes Jesus falar

Não endureçais o vosso coração;

Jesus quer te renovar, te dá perdão.

Hoje mesmo Jesus quer te libertar!

O que o mundo irá pensar pouco importa;

O importante é que você abra esta porta

Que dá acesso ao centro do teu coração!...

E faça agora um convite pra Jesus

Pra Ele entrar, habitar, encher de luz!

Pra tua alma ter direito a salvação!

AURORA

O encanto que me encanta

Quando a manhã se levanta

É ver um segredo exposto

Na alegria do teu rosto!

É ver acesa essa chama

Que em meu ser flameja;

É sentir que você me ama

Quando a sua boca me beija.

É sentir quando anoitece,

Que uma luz em mim aparece

E outra luz de ti emana...

É sentir por toda hora

Que a vida é uma aurora

Quando a gente se AMA!

SONETO DA RECONCILIAÇÃO

(Paródia do “Soneto da Separação”

do poeta Vinicius de Morais)

De repente do pranto fez-se o riso

Alegre e radiante qual lampejo;

Das bocas separadas fez-se o beijo,

Do beijo fez-se tudo que preciso...

De repente do vento fez-se a calma

Que acendeu em nós uma nova chama

E o amor reacendeu em nossa alma

A paz que exterminou o nosso drama.

“De repente, não mais que de repente”

Fez-se de certo o que se fez errante

E de presente o que se fez ausente.

Fez-se de próximo o que era distante

Fez-se da vida apaixonada amante,

“De repente, não mais que de repente.”

SONETO DO PASSARINHO

Como é belo um pássaro em liberdade

Voando pelos campos bem cedinho;

Ou no galho d’árvore fazendo um ninho,

Cantando de tanta felicidade!...

Como é belo o gozar da liberdade!

E como é triste o mesmo passarinho

Numa gaiola longe do seu ninho

Cantando só por causa da saudade!

Mas o homem ao perder a liberdade

Não suporta a grande fatalidade

E contrata logo um bom advogado!...

Porém se ele for pobre, pobrezinho...

Como aquele coitado passarinho

Passará a vida inteira engaiolado!

O EXEMPLO DA FORMIGA

Trabalha a formiga durante o verão,

Tão pequenina, mas tão inteligente;

Não cruza os braços, não fica demente,

Não perde o seu tempo com conversação!

Trabalha a formiga durante o verão

Para que no inverno não sofra com fome;

Por isso que a formiga é exemplo pro homem

Que quer sem trabalho ser farto de pão!...

Por isso Deus fala pro homem ocioso:

“Vai ter com a formiga, oh preguiçoso!”

Contemplai seu caminho aqui neste chão...

Pra que não pereças com a fome inimiga,

Tomai, pois, o exemplo da sábia formiga...

Que trabalha na terra em prol de seu pão!

ORAÇÃO DO POETA

Ilumina meus versos, ó meu Senhor,

Como tocha acesa na escuridão;

Refletindo pro mundo o teu amor,

Tua misericórdia e o teu perdão!

Ilumina meus versos, ó meu Senhor,

Concedendo-me a tua inspiração;

Pra falar com ousadia e com vigor

Da tua maravilhosa redenção!

Ajuda-me a refletir a esperança

Para o velho, para jovem e a criança,

Que sofre na vida de desamor!

A pregar que Jesus é a Salvação,

Durante a minha vida neste chão...

Ilumina meus versos, ó meu Senhor!

PRECISO DE TI

Oh Deus de Abrão, de Isaque e Jacó,
Escutai, Senhor, a minha oração;
Sou pobre, sou falho, sou terra e pó...
Socorre a minh’alma, o meu coração!

Oh Deus de Abrão, de Isaque e Jacó,
Oh como eu careço da tua unção!
Preciso de Ti, não me deixes só,
Neste mundo repleto de ilusão!...

Oh Deus de Abrão, de Isaque e Jacó,
Oh Filho de Davi, de mim tem dó!
Me ajude, Senhor, nessa grande jornada...

Preciso de Ti pra morar no Céu;
Não me abandones, o mundo é cruel!...
E minha cruz, meu Deus... como é pesada!

O DIA MAIS FELIZ DE MINHA VIDA

Eu queria entre muitos nesta hora,
Ter o dom da palavra, ser poeta,
Pra lhe dizer, minha filha, que agora
A vida de seu pai está completa!

Eu queria na linguagem do poeta
Com o verso e a rima mais sonora,
Dizer-lhe que atingi a minha meta,
Que já posso, filhinha, ir embora.

Pois os passos que dei rumo ao altar,
Sorrindo e com vontade de chorar,
Levando-te aos braços d’outro alguém...

Foram os mais felizes em minha vida!
Levando-te aos braços, filha querida...
Do jovem que te ama e te quer bem.

POEMA DA ETERNIDADE

(À poetisa Maria Petronilho)

Que cada pássaro cante o seu canto

E que voe o seu vôo com liberdade;

E que cada pessoa chore o seu pranto

E ria seu riso de felicidade!

Que cada poeta com seu encanto

Faça seu verso com simplicidade;

Lute na vida, receba acalanto,

Não busque ilusão - mas realidade!

E que a musa bela e mais concreta

Desperte a alma do pássaro-poeta

E inspire um poema sem tempo, idade...

E depois ele possa abrir suas asas

Pra voar seu vôo por cima das casas

E gozar a vida na eternidade!

PASSARINHO TRISTE

Passarinho triste que vive calado
Sem dá um estalo do seu repertório,
Por que o silêncio? Parece um velório,
Tua bela gaiola aqui nesse telhado.

Oh passarinho triste, estarás cansado
De já ter cantado, mas ninguém ouvido?
Ou estarás enfermo, estarás ferido,
E já não suportas ser aprisionado?...
Quem calou teu canto, essa canção mais bela?
A grande saudade? Só pode ser ela,
Do querido ninho lá depois da serra...

Mas em teus olhos, uma esperança é certa,
Esquecerem um dia essa gaiola aberta,
Pra feliz voltares pra tua linda terra!

PÁSSARO POETA

Pássaro poeta que voa bem alto,

Bem longe da mata e também do asfalto;

Serás um condor? Talvez albatroz?...

Quem sabe uma águia voando veloz!

Pássaro que voa distante de nós,

Pobres humanos a lhe admirar;

Seu vôo sem motor nos deixa na foz

Querendo ter asas para voar!

Como não podemos, resta imitar,

Seu vôo garboso, seu belo cantar,

Sua velocidade, seu improvisar...

Oh pássaro poeta, pairando no ar,

Buscando uma presa para atacar...

Ou então uma flor para beijar.

PASSARINHO PRESO

Se a gente ficasse um dia somente

Atrás de uma grade de uma prisão,

Compreenderíamos qual a razão

Do pássaro chorar constantemente!

Não acredito que canta contente,

Que está na gaiola por opção;

Seu canto é um choro de solidão,

De sua família e de seu ambiente.

Às vezes me sinto qual passarinho

Que um dia encantou-se pelo caminho

E sem esperar, caiu num alçapão!...

E na gaiola bonita da vida

Embora não falte água e comida

-Chora de saudade do seu torrão!

ÉS UM PÁSSARO POETA

EM EXTINÇÃO

Não sei se és um canário ou azulão,
Se és galo de campina ou patativa;
Eu só sei que teu canto nos cativa...
-És um pássaro poeta em extinção!

Não sei em que árvore faz teu ninho,

No brejo ou no cerrado do sertão;

Eu só sei que cantas pelo caminho...

-És um pássaro poeta em extinção!

Por que será que cantas bem cedinho,

Todo dia, oh poeta passarinho?

-será para espantar a solidão?...

Como é belo e feliz o teu cantar,

Ao ouvi-lo quem pode imaginar

Que és pássaro poeta em extinção?

CONSELHOS DE PAI

Vai, meu filho, ser poeta na vida,

Ser condensador de grande emoção.

Que importa se o mundo é luta renhida,

É guerra travada dentro do coração?

Vai, meu filho, ser poeta na vida,

Fazendo teus versos, sem pretensão;

Pois quem sabe um dia, na aurora incontida,

Como um sol a brilhar - resplandecerão!

Vai em frente, pois a vida te espera,

Embora se mostre horrenda pantera,

Longe de ser um jardim a florir...

Que importa, meu filho? – Confia em Deus!

Guarda em teu peito os conselhos meus...

- O melhor da vida inda está por vir!

DE VOLTA AO PARQUE

Menino que brinca no trampolim,

Na roda gigante, trenzinho, canoa,

Oh como desejo tua vida tão boa,

No Parque da Vida, ausente de mim!

Na noite de festa, quase sem fim,

Criança que brinca sorrindo à toa,

Feliz passarinho que canta e voa

Confesso eu queria viver sempre assim!

Mas o tempo passou, chegou à idade,

Os compromissos, a realidade,

Emprego e família pra sustentar...

Como não posso voltar ao passado,

Eu levo a família pro parque ao lado

E com os meninos - volto a brincar!

ENTRE FLORES E ESPINHOS

Versos lidos e relidos,
Escritos com mui carinho
Fazem parte do caminho
De meus dias bem vividos.

Muito embora dividido
Entre o tudo e o nada,
Entre a cruz e a espada,
O negado e o oferecido.

A razão e a loucura,
Entre o sonho e a procura
Da vitória desejada...

Entre a fé e o temor,
Entre o ódio e o amor
Espalhados nessa estrada!

DE MÃOS DADAS


Quando nasci
Nenhum anjo desses
Que vivem na luz
Disse-me: vai Antonio
Ser pregador de Jesus!

Eu andava desgarrado
Como ovelha sem pastor;
Procurando na estrada,
Um carinho, um amor.

Até que um dia
Ouvi a voz do Senhor,
Sentindo na alma
O seu resplendor!

-Vamos Antonio,
Pelas ruas, as calçadas;
Pelo o mundo inteiro...
Vamos de mãos dadas!

SEM PRETENÇÃO


Eu não tenho a pretensão
De ser poeta afamado,
Um escritor consagrado
Num sufocado fardão!...

Eu vivo com os pés no chão.
Quem quiser que crie suas asas;
Sou um “juntador de palavras”
Bem livre dessa ilusão!

Sou poeta nordestino
Que escreve feito menino
Pontilhando uma viola...

Pra defender o sertão
Me visto de Lampião
Sem ter punhal nem pistola!

ESSÊNCIA POÉTICA


Fiz versos pra minha cidade,
Fiz versos pro meu país;
Fiz uns versos de saudade
E de amores também fiz.

Só não sei se fui poeta,
Poeta na minha essência;
Só sei que cantei a vida
Com toda sua transparência.

Entretanto, certo dia,
Pus fogo na poesia
Querendo me libertar!...

Todavia fiquei ileso,
Pois não pus fogo em mim mesmo...
-continuei a sonhar!

ENGANO POÉTICO


A quantos enganarei
Dizendo que sou poeta?
Sem fazer versos de esteta,
Com poesia incorreta,
Sem ter talento nem meta.
A quantos enganarei
Dizendo que sou poeta?...

Viver no mundo enganando,
Viver a vida enganado,
Querer romper oceano
Só com a força do nado!

Será que sou um atleta?
Será que sou um pateta?
Será que sou um asceta?...

Oh terras que não andei,
Oh musas que não beijei!
A quantos enganarei
Dizendo que sou poeta?...

POETA MENOR

Sou poeta menor, mas sou poeta,
Cantador das coisas do meu sertão;
Se meu verso ele não atinge a meta
Mas é escrito com amor, com emoção!

Sou poeta menor, mas sou poeta,
Não importa a formada opinião;
Se minha poesia não é concreta...
Só não diga que é feita de ilusão.

Sou poeta menor, mas sou poeta,
Que prega o Evangelho da redenção;
Pois somente Jesus é quem completa
Toda alma carente de salvação!...

Sou poeta menor, mas sou poeta,
Embora alguns digam que não sou não;
Que jamais escreverei feito um esteta...
Que os versos que faço é tudo em vão.

Que importa se a rima não é correta,
Se o verso é simples, sem erudição?...
Sou poeta menor, mas sou poeta,
Que escreve com a alma, o coração!

AS PALAVRAS

As palavras estavam soltas
Aleatórias
Desgovernadas...
Eu só fiz juntá-las.

As palavras-peixes
Nadavam livres
Em águas claras,
Em rios perenes...
Eu só fiz pescá-las.

Na feira das palavras
Tem matéria prima;
Comprei metro
Comprei rimas
E fiz poemas.

Agora te ofereço
O meu pacote
De palavras juntas
Chamado livro.

São palavras presas
Em páginas brancas
São palavras pássaros
Que ainda cantam.

MARCAS DE AMIGOS


Fiz marcas na terra,
No céu e no mar;
As mais importantes
Eu vou lhe contar.

Não foram nas dunas
Pro vento soprar;
Nem foram na areia
Pras ondas do mar.

Que marcas são essas
Pra gente lembrar?
São marcas na pedra
Pra sempre durar?...

As marcas deixadas
Não vão se apagar;
Pois elas combinam
Com o verbo AMAR.

E foram guardadas
Com muita atenção,
No lado direito,
No meu coração!


Que marcas são essas?
-Eu vou te contar;
São marcas de amigos
Que fiz ao passar!

EM ITABAIANA

Sem esquecer minha Pilar
que sempre haverei de amar;
viverei minha vida lhana
na terra de Itabaiana!

Pois aqui nesta cidade
encontrei felicidade;

Deus me deu a minha esposa,
os meus filhos, o meu lar;
Foi aqui em Itabaiana
onde voltei a sonhar!


Onde fiz novos amigos,
(amigos pra conservar)
e embora alguém desconfie
que não vim para ficar

eu seguirei pelo trilho,
sempre a verdade a pregar;
a refletir o meu brilho
e a conquistar meu lugar!